Áfrika, berço da inteligência humana



                                                     Arte senufo - Costa do Marfim - Acervo Mãe-Usp

A teoria científica diz que a Terra formou pela agregação de poeira cósmica, aquecendo-se depois por meio de violentas reações químicas.
A agregação da poeira cósmica foi provocada por suas colisões incessantes, motivadas pela atração gravitacional, ocorridas a cerca de 4,6 bilhões de anos e a Terra ganhou forma de geoide². Depois com aumento da massa agregada e da gravidade, passaram ocorrer impactos de corpos maiores. A crosta terrestre, não é um bloco de terra único e sem divisões. A camada sólida do nosso planeta é dividida em placas tectônicas. Essas placas não são fixas; elas movimentam abaixo do nível dos oceanos lentamente gerando zona de atrito ocasionando terremotos, divisões, surgimento de novos continentes e ilhas. Os terremotos de grandes magnitudes causa fúria nos vulcões, fendas enormes vão surgindo, ilhas, montanhas, cidades litorâneas e tudo que encontrar pela frente é devastado.
É um processo natural de transformação geológica, climática por causa do alinhamento do planeta, porém a Terra inicia um novo ciclo e a natureza encarrega de reconstruir, tudo se torna encantador, aparecem novos continentes, rios, oceanos, mares e o solo fértil contribui para que a vegetação desenvolva saudável, os animais procriam e tenha o seu novo habitat.



Há oitenta mil anos atrás a Áfrika foi abalada por uma grande tragédia ocasionada pelo fenômeno natural que desencadeou diversos acontecimentos como abalos sísmicos de alta magnitude, explosão vulcânica, incêndios naturais, furacões, enchentes, chuva de granizo, nevoeiro e nuvem de cinzas vulcânicas que exterminavam vidas e lugares. O povo africano pensava que seria o fim do mundo. Um fenômeno semelhante Tsunami devastou tudo que tinha na frente, milhares de vidas foram ceifadas, civilizações foram destruídas e soterradas.
Os sobreviventes enfrentaram enchentes como nunca houve, fome, epidemias, clima desértica por longo tempo e ausência da água potável. Foi na Idade da Pedra¹ que o povo africano foi praticamente dizimado pela fúria da natureza.  
Alguns sobreviventes permaneceram na região de origem enquanto que outros migraram para outros lugares mais seguros e de terras férteis. Criaram vilas, cidades, regras, política local, exploraram a matéria-prima, proviam a sua economia e mantiveram a religiosidade, mas tarde com crescimento populacional criaram a religião institucional, a cobrança do dízimo com objetivo de manter a cerimônia ritualística, manter o luxo do líder religioso, dos súditos e desenvolvimento da cidade. No período Paleolítico Médio na Áfrika não havia religião e sim religiosidade³, culto a Grande Deusa-Mãe ao ar livre e as construções dos primeiros templos institucionais para cultuar a Grande-Mãe e os espíritos divinos foi na África no período Mesolítico.
Há 75.000 anos os africanos já tinham uma linguagem desenvolvida, cultura, cidade urbanizada, economia diversificada, reinado sem escravos.
Com o progresso das cidades surgiram os conflitos e aproximação dos ambiciosos. Os reis-sacerdotes para manter a comunidade protegida fabricaram armas, prepararam guerreiros valentes, colocou um deus ou uma deusa encarregado de protegê-la, criou regras religiosa baseados em lendas e mitos a fim de intimidar o indivíduo. O medo foi uns dos fatores que contribuiu para um nascimento de androides. O ser humano tornou-se um receptor passivo, máquina descartável e substituível. A programação de informações cultural e religiosa aprisionou o avanço de um conhecimento racional por longo tempo.
Algumas tribinagem com medo dos castigos divinos começaram mutilar o corpo físico, fazer sacrifícios humanos e de animais.
Após as invasões e domínios dos europeus e árabes nos territórios africanos a história da Áfrika-Mãe caiu no esquecimento, sua verdadeira identidade manteve escondida por muitos anos. Criaram uma ideologia dominante e a demagogia prevalecia, mas o mistério tem sido desvendado e a verdade tem sido demonstrada ao mundo. Foram através das artes rupestres, fósseis, mitos e lendas africanas que os pesquisadores de diversas especialidades e a ciência puderam comprovar o fato.
Em 1924, o professor Raymond Dart descobriu crânio de uma criança de 5 - 6 anos de idade na brecha da caverna Bechuanalândia (Botsuana) chamada Taug com datação de 10 e 1 milhões de anos, nessa mesma época centenas de crânios humanos foram encontrados em várias regiões da Áfrika.
A mais antiga dessas jazidas é a de D'Gorora na Bacia do Baingo, no Kenia, que tem de 9 a 12 milhões de anos. Apenas um molar superior de hominídeo.
Em 1973 foram encontrados grandes números de fósseis em camadas datadas de 3 - 4 milhões de anos. Esses sítios, Laetolil localizada a 50 km da famosa Garganta de Olduvai, nas costas dos montes Lemagrut. Sua idade é cerca de 3.5000.000 anos. As jazidas de Hadar estão situadas na depressão de Afar, Kus (Etiópia), tem mesma idade, ou talvez um pouco mais recente.
Homo erectus foram encontrados no Sul, Norte e Oriente da Áfrika fósseis que datam 1.600.000 anos.
O DNA microbial (4) dos achados peleoantropológos tem demonstrado todos os indícios da evolução da nossa espécie a partir dos primeiros ancestrais hominídeos.
Por volta de 1.800.000 na região de Olduvai - Melka Konture foram encontrados peças de materiais de construções. Na Áfrika Oriental no período Neolítico além da agricultura e encontraram vestígios de criações de animais.
Os registros na época eram feitos em argilas coloridas e guardadas. Foram encontradas duas barras de argilas com desenhos geométricos, objetos, jóias, fósseis de homens sapiens e um sítio arqueológico em 2004 a 290 Km da cidade de Cabo, na Áfrika do Sul pela equipe do antropólogo norte americano Christopher Henshilwood, da Universidade de New York.
Os novos achados refutam a teoria de que o despertar da cultura humana teria ocorrido na Europa, conforme sugeriam as pinturas rupestres encontradas em grutas na France, em lugares como Lascaux (a descoberta foi em 1940), Chauvet (1994) e Cussac (2004), além de Altamira, na España (ocorrido em 1868) - todos esses achados na Europa não têm mais do que 35.000 mil anos. Isso indica que o povo africano, de quem todos nós descendemos, era moderno em suas atitudes muito antes deles chegarem à Europa e substituíram os Neeandertais, afirma Christopher Henshilwood.
Rabat - Marrokkos - Os vestígios de uma cidade pré-histórica que está soterrada nas areias do deserto de Saara, as ruínas datam aproximadamente 15.000 anos de idade e pertencia a civilização Bérbere.
Nas ruínas dessa civilização foram encontrados entalhes pré-históricos nas pedras e colunas, local que faziam culto de adoração, casas e uma necrópole. Os bérberes eram habitantes nativos do norte da Áfrika antes dos Árabes chegarem para difundir o Islã, no século VII. A população do Saara Ocidental foi invadida e tomada pelos marrokkinos em 1975. A España deixou o território que era formado por descendentes bérbere e árabe. (Fonte: MSNBC News; 2004).
Uma equipe de cientistas marrokkinos encontrou outra civilização soterrada próximo a cidade de Aounserd, no sul. Era a civilização de Amazigh que tem aproximadamente 15.000 anos de existência.
Kassab é a civilização mais antiga do mundo, até o momento. As ruínas de Kassab está localizada na Mauritânia, na Áfrika.
Nos registros históricos vamos encontrar a supremacia da Babilônia, a grande metrópole comercial, Egipte, Mali, Ghana, Niger, Guinea, Ivory Coast (Costa do Marfim) etc.
Ghana, a cidade do ouro destacou na exploração e comercialização do metal; Soedan (Sudão) destacou na produção e comercialização de produtos agropecuária; Djenné e Tombuctu destacaram na produção e comercialização do sal; Egipte destacou na industrialização artesanal; Guinea/Niger destacou na produção têxtil e os etíopes foram responsáveis pela reconstrução da Ásia Ocidental.


A Áfrika tem sido palco das intensas movimentações, migrações, trocas comerciais e culturais. Grandes contribuições trouxeram para o mundo moderno e contemporâneo.
A mais marcante das singularidades africanas é o fato de seus povos autóctones tem sidos os progenitores de toda espécie humana do Planeta Terra.
A presença africana nas civilizações asiáticas, bem como na Europa e nas Américas, nos remete em primeiro lugar aquelas civilizações africanas precursoras do Egipte dinástico, também pela matrilinearidade: Cush e Núbia ou Ta-seti eram negroides. Apesar de vários questionamentos sobre este assunto, mas até o momento tem sido fatos históricos verdadeiro.
Eu creio que viemos das Estrelas e que vários Adãos e Evas estiveram no Planeta Terra ao mesmo tempo, a mesma época, lugares diferentes e com características diferentes. Os Adãos e as Evas foram auxiliados por Deuses e Mestres de outras Dimensões Superiores.
Todos os Adãos e as Evas estiveram por muito tempo no Paraíso e com dos tempos tiveram que enfrentar desafios para sobreviverem. Tiveram que explorar as matérias-primas para construir algo melhor, pois as dificuldades e as experiências contribuíram para a evolução da sociedade.
Uma das sociedades são os africanos que tiveram a identidade e a sua história sepultadas por muitos anos, mas Hassan Ibn Mohommad al- Wuzza'n conhecido como Leo, Africanus - Leão, africano construiu a história da Áfrika: Soedan (Sudão) Ocidental e Central entre o século IX - XV; Ibn khaldun (1332 - 1406) nascido em Tunis na Áfrika foi um dos maiores historiadores da Áfrika publicou na England o livro "The Universal History"; 1895 Cal Christian Reimdorf publicou a "History of the gold Coast and Asante"; 1921 Samuel Johson publicou um livro "History of Oyorubas". Estes escritores mantém vivo na memória.
Várias civilizações africanas sofreram ataques e invasões dos árabes e europeus. Houve grande derramamento de sangue. Os africanos foram massacrados, torturados e escravizados. Os árabes e os europeus assumiram o comando político dominando completamente o Continente Africano que consequentemente perderam sua identidade cultural e social. A religião islâmica, cristã e a judaica foi imposta com rigor, a aculturação foi inevitável.


Afrika e Ásia sempre foram alvos de disputa entre as nações europeias. No século XV as disputas entre as potências europeias pelos territórios afro-asiáticos desencadearam a Primeira Guerra Mundial. A Europa saiu enfraquecida da guerra perdendo sua hegemonia para United States.
Os movimentos coloniais contribuíram para o nascimento de um forte sentimento de nacionalismo.
Em 1955, vinte e nove países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung capital da Indonésia, estabelecendo seu apoio a luta contra o colonialismo e estimulou as lutas por independência. Apesar da descolonização a Áfrika ainda sofre diversas consequências socio-econômico, política e cultural.
Portanto, a curiosidade do historiador deve seguir várias trajetórias ao mesmo tempo. Seu trabalho não se limita a estabelecer fontes. Trata-se de se apropriar, através de uma sólida cultura pluridimensional, do passado humano. Porque a história é uma visão do hoje sobre a totalidade do tempo. 



Autora: Rainna Tammy

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1- Documentário: O Apocalipse da Idade da Pedra (Stone Age Apocalypse); Série: Mistério da ciência; 46 min.

2- O Geoide é uma superfície projetada apenas se considerando sua gravidade, sem a ação de marés e correntes oceânicas.

3- Religiosidade é o sentimento maior (nato). É a busca do equilíbrio emocional de forma naturalmente para poder evoluir sem precisar penalizar a consciência ou usar máscara. A própria experiência de vida faz despertar a importância da mudança e da evolução do seu "eu", do amor ao próximo e do reconhecimento do seu potencial para gozar uma felicidade plena. A Fonte Criadora, a Grande Deusa-Mãe sempre esteve ligada ao ser humano, os seus filhos. Não há necessidade de religar porque somos perfeitos e divinos na nossa essência. Mesmo aqueles que não acreditam e rebelam a desobedecer às leis naturais jamais serão punidos pela Deusa-Mãe porque Ela é uma mãe amorosa.
O conceito de religiosidade é interpretada pelos antropólogos, sociólogos, historiadores, filósofos e teólogos de forma diversificados.

4- Documentário: A origem do homem ( A verdadeira Eva); 1 - 10; Série: You Tube - dublado em português.


Fonte de Pesquisa:


A Terra não é redonda, segundo imagem satélite à ESA, Meio ambiente. Disponível: http://www.primeiraedicao.com.br/noticia/2011  Acesso em 31/03/2011.

KI-ZERBO, Josephe. História Geral da África: metodologia e pré-história da África, 2 ed. rev. Brasília: Unesco, 2010 (Coleção História Geral da África da Unesco, v. 1).

NASCIMENTO, Flávio Antônio da Silva. O beabá do racismo contra o negro brasileiro. 1 ed. Rondonópolis/MT: Print Editora, 2010.


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Comentários

  1. Achei muito boa a materia sobre a Afrika, isso nos mostra que ainda falta muito para aprender sobre nossa Terra Mãe, Africa O Berço da Humanidade.

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