O império do Bàbánlá Yangí


Bàbánlá Yangí

Segundo a mitologia Yorùbà, o primogênito ser terreno feito de laterita, pedra vermelha e argila ganhou forma semelhante um humano. Yangí, foi o Adão africano criado por Obàtálá. Odùduwà, líder dos Òrìsàs observou a perfeição da arte e levou-o, deixando na frente da sua moradia como primogênito guardião da humanidade. Èsù Oba Àgbà Yangí foi um título que recebeu do Senhor da Justiça Odùduwà. 
Olódùmarè conhecido também como Elédùmarè/Olórun é o Òrìsà Supremo do povo Yorùbá. Este Òrìsà Supremo de multifaces recebeu diversos nomes e características diferentes, mas na verdade Ele é Uno. Cada tribinagem, cada nação batizou com um nome e tem uma visão do seu Deus Supremo semelhante de um deus terrestre. A sua imagem do seu deus era criada de acordo com a necessidade do momento, cultura e característica física do seu criador.
Èsù está conectado com o Cosmo e com os elementais da natureza: Ar, Fogo, Metal, Água e Terra que estão constantemente em Ação e movimento. Ele é a Inspiração em Movimento, Luz que conduz as luzes, tem o poder de Atração, tem o senso com a Realidade e a Estabilidade como formativo. Èsù Oba Yangí, existência individual e dentor de A deve ser cultuado como início em qualquer cerimônia. 
Os Elégbas carregam Agò do glamour, da elegância e do mistério; usam cajado como símbolo de poder; fuma cachimbo ou cigarro artesanal (charuto de excelente qualidade) simbolizando a conexão com o Cosmo e com os Ancestrais; carregam sete cabaças com pó mágicos poderosos e usam búzios em fileira dupla nas suas vestes como símbolo da dualidade – masculino e feminino, fertilidade e fecundidade. 


No Reino dos Èsùs há um Ancião conhecido como Yangí, o Rei dos reis, Senhor dos senhores que comanda uma hierarquia de Èsùs-reis. Cada Èsù-Oba (rei) exerce regime absolutista, cria suas regras e tem seu povo sob seu comando.
Os Elégbás/Elégbáras costumam materializar e manifestar de várias formas para espionarem as ações dos seus adversários. Procuram fazer uma aliança e transformar o seu inimigo num aliado leal e fiel.
Os místicos-esotéricos Afro-shumer classificam as hierarquias dos Èsùs da seguinte forma:

1- Èsù-Oba (reis), Ayabas Obìnrin Eléwa (rainhas elegantes e encantadoras), os Aládés (príncipes e princesas) e Abésùmulè (sacerdotes);

2- Elégbá Emèwà masc./fem. (servidor, espião e cortesão);

3- Elégbá-Eme/Òbàrà (mensageiros);

4- Olórí-Ogun (grande Exército dos Èsùs, proteção e segurança está sob comando de chefe poderoso, corajoso e valente);

5- Elégbá-Aláàbò (defensor/protetor)/Elégbá-A (guardião da Estrada) e Elégba Ale (guardião de Ilé);

6- Elégbá-Láápon (prestador de serviço, trabalhador) e as Obìnrin Ìfé (Mulheres do desejo, da sensualidade e do amor), Obìnrin Ìkàsìs (mulheres da sexualidade e dos prazeres), Obìnrin Asebíako (mulher dual - prestadoras de serviços) e Asebíabo (homem dual - prestadores de serviços ao rei);

7- Àlùjònnú Nírèje Àrótà (espírito mau, enganador, trapaceiro, escravo) e Ìkàsìs Dòtí (mulher vulgar, suja, mulambo, escrava).

As tropas imperiais tem a função de guardar, proteger toda a realeza, os Elégbás/Elégbáras prestam trabalhos, honram o seu rei  e recebem regalias. Todas as conquistas e as vitorias glorificam apenas o grande Pai dos Èsùs. O rei se torna cada vez mais poderoso e forte por causa do trabalho dos Elégbás, pois a glória do Grande Pai simboliza a glória dos seus filhos amados também.
No plano físico os cultuadores dos Òrìsàs fazem oferendas como forma de agradecimento aos Elégbás pelas proteção e àse. Antes de iniciar qualquer magia ou reunião mediúnica os Elégbá-Aláàbò, Elégbá-Anà e Elégba Ale  recebem um agrado para que possa defender, proteger e guardar o Ilé e as pessoas de quaisquer infortúnios.

Elégbá-A

Os Elégbás são os auxiliares do reino, cujo papel fundamental é vigiar, punir e executar com rigor os Àrótàs rebeldes. Os Àlùjònnú Nírèje Àrótàs são responsáveis de prestarem serviços mais rigorosos e complexos sob vigilância do Egbé Ogun.
Os Àlùjònnú Nírèje Àrótàs são Espíritos que tiveram oportunidades de evoluírem, mas preferiram tornar um desordeiro, um malfeitor, um vingador, um sofredor, um enganador, escravo das ilusões do mundo. Os seus atos ilícitos contribuíram para sua auto-condenação levando-o a escravidão do seu próprio ego. O perispírito fica irreconhecível, sua presença é reconhecida pelo odor forte, linguagem obscenas e sem coerência. Atrofiados, curvados lamentam e enganam as pessoas que não tem um conhecimento holístico. A maioria dos médiuns são enganados por esses espíritos rústicos e ignorantes.
Os Àlùjònnú Nírèje Àrótàs têm o prazer de enganar, causar sofrimento nas pessoas e nos espíritos recém-desencarnados. Somente uma Lei rígida e severa pode controlar a rebeldia desses espíritos. 
Os Àlùjònnú Nírèje Àrótàs costumam manifestar e dizer que seu nome é Èsù.


Saudação: Luz e amor!

Autora: Iney Lúcia
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[1] Èsù: Espírito ancestral com diferentes atributos à comunicação, entre os céus e a Terra. Os Èsùs-Obá, porta-voz do Grande Pai Yangí são portadores de gênios, poderosos e tem nas mãos as chaves mágicas dos Portais Dimensionais que abre e fecha os caminhos dos destinos. Yangí, o ser primordial, o dono do ouro, da gema, da prata e da encruzilhada tem o poder de comandar o Àiyé. Èsù, conhecedor dos mistérios dos quatro cantos do mundo contribuí com o seu conhecimento revelando os mistérios. 
Aláiyélúwà!


[2] Além de servir, espionar, os Elégbás são responsáveis de levar o prazer, a alegria e a satisfação no reinado que pertence e no mundo material. Todos os Elégbás são portadores de essência divina, qualidades excelentes e se manifestam de forma elegante para agradar o Deus Criador Obàtálá.


Èsù Aláròyé! sù fala bem!)

Ekúàbò Èsù Olóore! (Seja bem-vindo Ésù Benfeitor!)

Esù Àyinlógo! sù é louvável e glorioso!)

Làròyé Èsù!sù é aquele que vai sempre existir, aquele que será sempre notável e conhecido, aquele vai sempre perpetuar!)

Pawó!!! (Bater palma, aplaudir).


[3] Responsáveis pelas informações verídicas do mundo espiritual e do mundo físico. Os Elégbás-Emesè e Òbàrà são mensageiros especiais do reino. Òbàrà representa o cruzeiro, os quatro caminhos infinitos do jogo Ifá. Os Elégbás-Emesè são mensageiros originários do reino Ìjèsà, Ifè e Èkìtì.


[4] Egbé ogun é um exército comandado por um grande chefe Olórí-Ogun.


[5] Defender, proteger e guardar é a função dos Elégbás-Aláàbò e Anà.


[6] Os Elégbás-Láápon prestam serviço ao rei; trabalha para o império.

[7] Os Àlùjònnú Nírèje  Àrótàs são espíritos rústicos e ignorantes. Eles são pagos por pessoas que contém características, semelhanças e energias afins para prejudicar alguém. Pessoas quem tem o Àse dos Òrìsàs, conhecimento holístico sobre o mundo espiritual e não estão em sintonia com tais energias nocivas jamais serão prejudicadas. 

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