A História e o legado Egipcio


A civilização egiptiese desenvolveu-se numa área desértica do nordeste da Áfrika¹, às margens do Rio Nile².
Cerca de 5.000 anos atrás, o rei faraó Menés unificou os pequenos reinos do Alto e do Baixo Egipte³ e passou controlar várias aldeias e cidades.
Apesar de um faraó ter o seu poder centralizado havia o vizir, sacerdotes e escribas que colaboravam com o seu governo assumindo papel importante na sociedade.
O vizir, uma espécie de primeiro-ministro controlava a arrecadação de impostos em todo o império e presidia o tribunal de justiça.
Os sacerdotes eram encarregados de administrarem os templos e todos os serviços religiosos.
Os escribas faziam senso da população, das colheitas e dos animais registrando tudo que acontecia nesse setor.
A vida cotidiana do faraó e dos seus colaboradores era de muito luxo, conforto e elegância.
A sociedade era hierarquizada, e as camadas sociais se mantinham quase imutáveis através dos tempos.
A maioria da população era formada de artesãos, felás e escravos viviam em condições precárias sem nenhum previlégios sociais. Era esse grupo dominado o responsável pelo desenvolvimento, riqueza e luxos da dinastia egiptiese.
A economia baseava na agricultura e no comércio. No comércio trocavam-se os excedentes agrícolas, mas o sistema de trocas não era, no entanto, o único, uma vez que coexistiu o sistema monetário egiptiese. As moedas eram de ouro, prata e cobre conhecida como “Shats”. Calculava-se o valor de um produto em shats e, depois, pagava-se em ouro.

A família toda era envolvida nos trabalhos árdua no campo e com meta de produção a ser cumprida. Os escribas mantinham sob vigilângia rigorosa. Caso o camponês não atingisse aquela meta determinada era punido.

A partir da oitava dinastia difundiu o uso do deben, 91g de metal, dividido em dez kedet e em dois shats. Moeda estável a até o período do rei Darius.

Foi da terra negra que surgiu a manipulação de substâncias química como o cobre, o ferro, o aço, o arsênio, o sal, o sílex, o albastro, o petróleo etc.

Tanto a carne quanto os cereais e os produtos agrícolas de qualidade eram iguarias reservadas aos poderosos. Enquanto as mesas dos dominantes eram fartas a população alimentava apenas de migalhas e tinha que dedicar muito ao trabalho para que viesse ter excedente.Os prisioneiros de guerras trocavam a sua força de trabalho apenas por alimentos e algumas peças de roupas. Eles não tinham nenhum previlégios na sociedade, eram vigiados por guardas e estavam sujeitos às punições severas.
Os egiptiese observavam as estrelas para que tivesse orientação cósmica para guiarem a época exata de plantar, colher e guardarem o subproduto. As observações dos céus contribuíram para prever e entender o destino de uma pessoa, criar mapas e as astrologias.
O ano civil dividia-se em três estações de quatro meses, cada qual com 30 dias; a esses 360 dias, eram acrescentados outros 5 ao final de cada ano. O ano civil de 365 dias, o mais exato conhecido na antiguidade, esta na origem do ano civil, visto ter servido de base para reforma juliana (-47) e para a reforma gregoriana, de 1582. Ao lado desse calendário civil, os egipteses também utilizavam um calendário religioso, lunar, estando aptos a prever com razoável precisão as fases da Lua. 
A teocrática influenciava os mais diversos setores da sociedade desde a política até as ciências, passando pelas artes.

A medicina estava ligada à magia e as tradições. Conforme a doença era indicada medicamentos que variavam desde sangue de lagarto até o livro velho fervido no azeite, leite materno de mulher recém-parida, excremento de crocordilho e de outros animais sagrados.
Os egiptieses usavam gema crisocola (minério segundário do cobre) verde como amuleto de proteção nas crianças.
No culto oficial, destacava-se a crença no deus Amon-Rá, o deus Sol criador do mundo. No culto popular, predominava a devoção a Osíris deus da vegetação e dos mortos, a deusa Isis e o deus Hórus filho do casal.
Acreditavam na ressurreição dos mortos por isso que os dominantes mumificavam os seus entequeridos. O sacerdote incorporava o deus Anupu para realizar todo procedimento de mumificação, extrair todos os órgãos sem danificá-los e o coração era levado para o tribunal para ser pesado, realizar o ritual fúnebre, fazer oferendas aos mortos e guardar o local.
Durante o processo de mumificação, os sacerdotes colocavam uma série de amuletos entre as ataduras com que envolviam o corpo, nas quais estavam inscritas fórmulas destinadas à sobrevivência dos mortos.
As vísceras após serem lavadas e embalsamadas eram depositadas vasos sagrados “Filhos de Hórus” para protegê-lo da destruição. No vaso Imset com tampa forma de uma cabeça humana era depositado o fígado, no vaso Duamutef com tampa em forma de chacal era guardado o estômago, no vaso Hapi com tampa em forma de uma cabeça de um baduino era guardado os pulmões e no vaso Kebehsenuef com tampa em forma de uma cabeça de falcão era guardado o intestino. A maca onde realizava todos estes processos de embalsamento tinha forma de leão. Cruzavam os braços sobre o peito, na mão esquerda era colocado um cetro hekat real e na mão direita um látego nekhakha. Após o corpo ser envolvido com ataduras espargidas com óleos e resinas era colocado a máscara de ouro e lápis-lazúli. Segundo a mitologia egiptiese a carne dos deuses era de ouro, os cabelos de lápis-lazúli e os seus ossos eram de prata.
O cortejo fúnebre era luxuoso e o sarcófago era conduzido por um trenó, sacerdotes, parentes e criados acompanhavam o cortejo. Quando a procissão chegava ao túmulo, o sacerdote realizava o ritual de abrir a boca do falecido, com o qual se acreditava que ela voltava à vida e selava o túmulo com argila.
Após sepultá-lo o sacerdote deixava alimentos, água, jóias, vasos canopos, livro dos mortos, símbolos mágicos e outros objetos pessoais junto das múmias para que pudecem viajar tranquilos para o mundo subterrâneo.
A escultura e a pintura eram diretamente influenciadas por motivações religiosas usadas principalmente para decorar templos e túmulos.
Os sacerdotes egiptieses eram gênios. Centenas de rolos de pergaminhos guardavam registros de todas as suas experiências, avanços científicos, fórmulas, literaturas, projetos, ensinamentos de Thoth, mas partes dos documentos foram saqueadas e outras foram queimadas pelos invasores cristãos, judeus e islâmicos.
Dialeto usado na época era afro-asiático Angota e birayle. O idioma nacional do é o Arabic Egypt.
Os primeiros registros do idioma egípcio são de cerca de três mil anos a.C. A linguagem desta época é chamada de egípcio arcaico ou antigo.  Língua extinta. Evoluiu para o demótico em cerca de 600 a.C., para o copta em cerca de 200 d.C., sendo extinta por volta do século XVII. O copta já é baseado no alfabeto grego, mas usa também caracteres egíptese.
Principais deuses:
Amon-Rá deus Sol, protetor da monarquia.
Anúbis: deus do submundo, guardião das tumbas
Bastet: deusa da fertilidade, protetora das mulheres gestantes.
Bés: deus da música, da dança e do prazer.
Geb: deus da terra
Hathor: deusa do prazer, do amor e da fecundidade.
Hórus: deus dos céus, do Sol, símbolo da realeza
Isis: deusa do amor, da magia, a mãe do Egipte.
Khons: deus lunar.
Mim: deus da sexualidade masculino, criação, vegetação e protetor dos viajantes. 
Nefertiti deusa da beleza
Neith: Srª da vida e do destino, regente da tecelagem e da magia.
Nekhebet/Uadjit: deusas protetoras dos faraós representadas como cobra e abutre.
Nut: deusa criadora do Universo físico, senhora dos céus, controladora dos astros, panteã dos egiptieses.
Osíris: deus de muitos olhos, deus dos deuses, ressurreição, guardião dos mortos, das riquezas e dos mistérios do submundo.  
Ptha: deus criador, guardiãos dos curandeiros.
Set: deus da tempestade.
Shakhmet: a poderosa deusa da guerra.
Thoth: deus da magia e patrono dos escribas.   
Tuéres: deus das mulheres grávidas.
As estátuas do Miniesconderijo de Karnak formam um compêndio notável da estatuária egiptese. Hoje, sua considerável contribuição para a ciência da Egiptologia está clara. O rico acervo de obras de arte que Georges Legrain salvou do esquecimento mudou profundamente nossa concepção sobre a escultura de Teba, partcularmente no que diz a respeito aos estudos dos retratos dos reis. 
Egiptese foi uma grande metrópole comercial africana. Seus registros nos rolos de pergaminhos revelam sua verdadeira identidade, a sua cultura, a sua política, suas belas artes e arquiteturas perfeitas.
Pesquisadores do mundo estão voltados sua atenção para reconstrução da história egíptese, apesar das dificuldades encontratadas nos acessos aos documentos, reconhecimentos e registros das suas obras.
Os reis faraônicos diziam que seus reinados eram eternos porque jamais seriam esquecidos. Portanto, suas artes arquitetônicas comprovam isso porque foram capazes de sobreviverem às invasões judaica, islâmica e cristã. Hoje Egiptese continua encantando os olhos do mundo com seus monumentos patrimoniais.
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1- dialeto africanês; África dialeto português brasileiro. 


2- dialeto africanês; Nilo dialeto português brasileiro.

3- dialeto africanês; Egito dialeto português brasileiro.

Autora: Rainna Tammy

Fonte de Pesquisa:


BAKOS, Margaret marchiori; POZZER, Kátia Maria Paim. III jornada de estudos do Oriente Antigo: língua escrita e maginária. 1 ed. Porto Alegre: Edipurs, 1998 (Coleção História, 20).


KEPPE, Marc André R. O sobrenatural através dos tempos: Gnose. -  São Paulo: Proton Editora, 1992.


MOKHTAR, Gamal. História geral da África antiga. v. 2 rev. Brasília: Unesco, 2010, p. 142.


OGOT, Bethwell Allan. África do século VI ao XVIII. Brasília: Unesco, 2010 (Coleção História Geral da África da Unesco, v. V).


TIRADRITTI, Francesco. Tesouros do Egito: do museu egípcio do Cairo. São Paulo: Manole, p. 338 - 339.


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