Deusa Triplice Africana

 

Com a chegada de grande número de sul africano no Brasil ocorreu à miscigenação entre as etnias: povo nativo ameríndio, europeia, africana e asiática.
As religiões criadas no Brasil estão presentes as diversidades culturais. As religiões afro-brasileiras na maioria são relacionadas com a religião yorùbá e outras religiões tradicionais africanas como Angola, Congo, Quênia, Moçambique, Nigéria, etc...  
Os místicos Afro-Summer tem uma religiosidade voltada às tradições religiosas da nação africana Ìjèsà, Oya, Èkìttì, Ifè e Egípcia (1290 - 1224a.C.), da nação Shumeru (2285 - 2250a.C), da nação Ameríndio e da nação asiático - caminho búdico tibetano  Tântrico/Vajarayna.
As três deusas africanas de destaque são: Olósà Naná, a maga anciã, Yemojá, a Grande-mãe das águas doces e Òsùn, a donzela das nascentes e das cachoeiras.
Na Suméria as três deusas que mais destacou na antiguidade foram: Nammu, a deusa Anciã portadora de todos os conhecimentos ocultos; Deusa Al' Waras, a Grande-mãe da natureza e Iinana-Vênus, a donzela primaveril. Nammu simboliza a Lua Minguante, Al' Waras simboliza a Lua Cheia e Iinanna a Lua Nova/Crescente.

Òsùn

A DONZELA: Desabrochar da feminilidade, maturidade e despertar da sexualidade. Está relacionada à primavera, início de uma nova Era. Ela é encantamento, sedução e florescimento. É aurora, esperança e alegria que nasce em nosso coração 


Yemo 

A MÃE: O segundo aspecto da deusa é a yèyé/ìyá responsável pela fecundação, procriação e alimentação das espécies.
Como Mãe, a deusa das águas dos rios e dos oceanos simboliza a fase da Lua Cheia, a Estrela Orion popularmente conhecida como Estrela três Marias. Essas estrelas, facilmente identificáveis no céu pelo brilho e por estarem alinhadas, têm o nome de Mintaka, Alnilan e Alnitaka. A constelação tem a forma de um quadrilátero com as Três Marias no centro.
Na religião afro-brasileira Yemojá se apresenta com característica europeia e recebe um novo título a "rainha do mar e panteã dos pescadores das águas marítimas". Yemojá  vem ganhando destaque na América Latina, United States of America e parte da Europe.

  Olósà Nàná

A ANCIÃ: Portadora e guardiã dos conhecimentos ocultos, dos mistérios da sabedoria mágica, a rainha do submundo e da sombra por está associada ao inverno. A anciã é a deusa Olósà, a senhora dos Lagos e das Lagoas por ela própria. Está associada ao inverno.
Para a anciã não existem segredos, pois em função da sua idade, acumulou experiências, transformando-as em sabedoria. Ela é a pessoa idosa que já viu tudo e passou por isso com seu espírito não abafado e com o temperamento moderado pela experiência sabe lidar com qualquer desafios com sabedoria.
A Deusa Tríplice ou Tríplice Deusa está associada às três fases visíveis da Lua, manifestando-se de três maneiras: Na Lua nova/Crescente, a Deusa é a Donzela; Na Lua Cheia, ela é a Mãe e na Lua Minguante é avó portadora e guardiã das sabedorias mágicas.
Os ancestrais da nação Yorùbá acreditavam que a Terra havia a dualidade[1] de deuses reinando e, esses deuses eram Olósà Naná, a maga Anciã e o mago Ancião Xapanã Obàlúwàiyé. Outros acreditavam que governaram em tempos diferentes.
A Deusa Olósà Nàná e o Deus Obàlúwàiyé são de diferente importância para os místicos-esotéricos afros- Summer porque não há hierarquia entre eles apenas são complementares.
A trindade está presente praticamente em todas as culturas com características, formas e significados semelhantes.


O Culto as deusas ocorreu desde a Idade Paleolítica, na época em que a mulher era considerada sagrada, mediadora dos deuses do mundo de Orun e de outros mundos paralelos. A triplicidade da deusa pode ser percebida em muitas facetas da vida. Se lhe concedermos a oportunidade para se manifestar como figura mítica, ela poderá inspirar a nossa alma, assim como nutrir, sustentar e transformar o cerne do nosso ser.
Estudos apontam que a ascensão do patriarcado na religião fez com que a tradição de adoração à deusa se tornasse ameaçadora à consolidação do poder pelos homens.

Autora: Iney Lúcia (Raina Yashira)
 


[1] Dualidade cósmica.





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