Chapada dos Guimarães-MT: paraíso esquecido pelas autoridades
A fundação oficial do núcleo que originou o atual município de Chapada
dos Guimarães deu-se no ano de 1751.
Por volta de 1722, o paulista Antônio de Almeida Lara juntamente com a
sua equipe de homens aventureiros foram os primeiros habitarem nesta região.
Apropriou das terras abrindo a sua fazenda, depois engenho do Buriti. Lara
chegou a Cuiabá em 1720 numa das levas de bandeirantes pioneiros. Em 1721, como
fazia pesquisas auríferas Rio Coxipó acima, tudo leva a crer tenha sido ele um
dos fundadores do Arraial da Forquilha.
A primeira denominação foi Sant’Ana da Chapada, nome da célebre missão
dos jesuítas comandada pelo padre Estevão de Castro. Mais tarde, o nome foi
alterado para Chapada de Cuiabá. Não demorou muito e o nome foi novamente
modificado, desta feita para Sant’Ana da Chapada de Guimarães.
Nesta ocasião governava a Capitania de Mato Grosso o Capitão General Luiz
Pinto de Souza Coutinho - Visconde de Balsemão, que, acatando sugestão de
portugueses naturais da cidade de Guimarães, acrescentou à denominação de
Sant’Ana da Chapada o termo "de Guimarães". Outra fonte dá o termo
como homenagem ao Duque de Guimarães, por imposição do mesmo Visconde de
Balsemão.
Em 1814, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia. Através da Lei
Provincial nº 219 de 11 de dezembro de 1848, a localidade transformou-se em
Distrito Administrativo. O Distrito de Paz de Chapada foi criado em 1875.
O município, com o nome de Chapada dos Guimarães, foi criado em 15 de
dezembro de 1953, através da Lei Estadual nº 701.
Em 1994, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso pretendeu retornar à
denominação de Chapada dos Guimarães para Chapada de Guimarães. A lei foi
vetada pelo executivo permanecendo Chapada dos Guimarães.
Este paraíso natural atualmente encontra abandonada pelas autoridades.
A pequena cidade pacata não possui escolas públicas de qualidades, não tem
faculdade, não há uma escola profissionalizante, nem especialistas na área da
medicina, não há incentivos para empreendimentos, sem fiscalização ambiental, moradia residencial no Parque Ambiental, o único correio não faz
entrega das correspondências e nem de produtos. Os moradores não têm
documentação do seu imóvel, valor dos imóveis para comprar tem preço
exorbitantes fora da realidade do mercado, a única praça da cidade é amontoados
de camelos que tentam sobreviverem vendendo artesanatos aos turistas que passam.
Grandes números de pessoas desempregados atingiram no máximo o ensino médio e
não são qualificadas. A minoria das pessoas de classe A e B tem outra moradia na capital de Cuiabá, colocam os filhos para estudarem nas melhores escolas e fazem tratamento médico na capital. Enquanto que pessoas de baixa renda ficam aguardando pela promessa política de um dia melhor.
A maioria da população fica no comodismo e mantém em silêncio porque os
políticos manipulam promovendo eventos que alegram momentaneamente os
moradores. Festas populares...
As autoridades podem oferecer qualidade de vida melhor para os
chapadenses, leis municipais de preservação ambiental para que os turistas não danificam o ecossistema e incentivo aos moradores a cooperar para manter o local paradisíaco.
Autora: Iney Lúcia
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