Reinos e impérios africanos




Cartago – 814 a.C. até 146 a.C.

Antigas ruínas de Cartago, na Tunísia, destruídas nas Guerras Púnicas. 

demamiel62/Shutterstock 

Núbia - 780  a.C até 350 a.C

Templo de Abu Simbel, na Núbia, ao sul do atual Egito: a civilização Núbia tinha forte intercâmbio com os antigos egípcios. Anton_Ivanov/Shutterstock

Teve relação direta por vezes conflituosas com o Antigo Egito. O mais notável dos reinos núbios foi Kush, que existiu por mais de mil anos e chegou a conquistar o próprio Egito, formando sua 25ª dinastia que reinou até 656 a.C. Kush foi perdendo força e sofrendo com rebeliões internas gradativamente, a´te ser dominado por Axum, um dos predecessores do Império Etíope.


Vídeo: Império de Kush https://youtu.be/JRV_1TzEqJw

Uagadu (Ghana) prosperou graças às caravanas que comercializavam ouro e sal. Relatos de 11 séculos dizem: Ghana podia levar até 200.000 homens à guerra. Conforme o Império de Mali cresceu, Uagadu perdeu força e dissolveu. Foi recordado em 1957, quando a Costa do Ouro se tornou independente e passou a se chamar de República de Ghana. 

Império do Mali – 1230 até 1670 

Guerreiro do Império de Segu, um dos vários reinos que existiram na região do Mali. Florilegius/Getty Images

O reino de Ghana estava localizada na região oeste da África, na área que compreende hoje Mali e ao sul de Mauritânia e alcançou o seu ápice no século VII - IX.                                    Ghana destacou na comercialização de ouro, sal, tecidos, equinos, tâmaras, escravos, na fabricação de embarcações fluviais, marítima e expansão de suas caravanas.                                O reino de Ghana recusou converter ao Islã, assim mergulhou em conflitos tribais até o século XII. Tribos Islã venceram e incorporaram os territórios ghanenses no reino Mali. Após a reconstrução o reino Mali ganhou força. Os nobres, cujo a fé era islâmica faziam peregrinação a Meca, percorrendo 8.000Km pelo deserto. 

Império de Oyo (Iorubás) – 1300 até 1835

 

Portas do palácio de Ikere-Ekiti, na atual Nigéria, um dos reinos iorubás da região. 

Werner Forman/Getty Images

Yorúbàlandia foi sede de vários reinos, incluindo Oyo, cujo exército ajudava a dominar a região. Mas os conflitos políticos e golpes enfraqueceram as monarquias, que passou a ser dominada por franceses e britânicos no século XIX.

Era da prosperidade Mansa Kanku e Sulymaw Musa

Vídeo: https://youtu.be/yks_yhPC8II

Império de ouro no reino Mali

Mali sob comando do mandenka/malinké, povo do alto Níger. A cidade foi edificada com tijolo de terra batida, sua capital Niani. Seu fundador chamava-se Sundiata Keita, assumiu o poder em Cangaba por volta de 1230 e começou a conquistar territórios ricos em minerais e prosperou rapidamente durante o reinado de mansa Musa I e II.                                                  No reinado mansa Musa I (1307 - 1332) destacou na região de Cairo, Djenné, Tomctu e Gao com grandes construções comerciais, templos com belas artes e arquiteturas luxuosas construídas pelos escravos.

Mali a região do ouro, do azeite de dendê e de noz de cola destacou no mercado comercial com uma economia forte. Mansa Musa I morreu numa expedição marítima e Sulymaw Musaa, o herdeiro legítimo assumiu o trono dando continuidade administrativa e recebeu o título de mansa Musa II (1336 – 1358).  Após a morte de mansa Musa II, o Manden passou por crise, sucessão e assassinatos. Os registros históricos dos reinados mansa Musa I e II mantiveram vivos como Era de Prosperidade.

O século XIV, durante o qual se assistiu ao apogeu do império, terminou com o enfraquecimento do poder central por causa da mudança feita para o oeste e a presença dos portugueses após a tomada de Ceuta, em 1415, os árabes não eram os únicos a comercializar com a África ocidental. Mali perde o controle do comércio transaariano. Enquanto isso, uma nova potência - o Songhai, que suplantaria o Mali nas províncias setentrionais, desenvolveu-se no baixo Níger.

Império do Ghana – 700 até 1250 

Maninka fundou centros comerciais no Begho e no território Akan. Begho (Ghana) tornou centro de comércio de noz de cola, ouro e cobre vermelho.

Vídeo: África dos Grandes Reinos e Impérios https://youtu.be/ICPBpaldsyk



A história africana ficou oculto por séculos, mas nunca morreu. Podemos alegrar pela diversidade histórica do Continente africano e pelo renascimento histórico de um povo esquecido por causa da pele negra. Os europeus esconderam o fato histórico do povo africano para o mundo, porém, hoje podemos conhecer a verdadeira história.
Muitos dizem que na África reina miséria, sofrimento e conflito. Apesar da África Dourada ter sofrido com a invasão europeia, assírios e chinesa por causa dos tesouros territoriais e mão de obra barata. Alguns países independentes tem reis e rainhas, príncipes e princesas. Em 2018, o rei de Ife esteve presente na Academia Brasileira de Letras - RJ trazendo mensagens de esperança aos afros descendentes e afro-brasileiros. 



Autora: Iney Lúcia (Rainna Tammy)


Bibliografia

História Geral da África vol. IV – África do século XII ao XVI/ editado por Djibril Tamsir Niane. – 2 ed. rev. - - Brasília: UNESCO, 2010, p. 10, 133 – 210.


A matriz africana no mundo. Elisa Larkin Nascimento [org.]. – São Paulo: Selo Negro, 2008, p. 36 (Sankofa: matrizes africanas da cultura brasileira, 1).

COTRIM, Gilberto. Históriar 7º ano, ensino fundamental. 3 ed. – São Paulo: Saraiva, 2018, p. 88 – 105.

https://brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-africana.htm Acesso: 17/out./2020.


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